Se pararmos para pensar, muita coisa mudou nos nossos celulares nos últimos 10 anos. Em 2010, os aparelhos serviam apenas para fazer ligações, mandar mensagens e, quando muito, jogar ou tirar fotos em baixa qualidade.
A internet 3G e os aplicativos ainda eram para poucos, afinal o iPhone era um dos únicos modelos com essas funcionalidades e estava fora do alcance da maioria dos brasileiros.
Hoje em dia, um smartphone com acesso à internet móvel é muito mais acessível, permitindo que as pessoas se comuniquem com amigos e familiares pelas redes sociais ou se mantenham informados, em qualquer lugar.
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Fizemos essa breve retrospectiva para dizer que, se tanta coisa mudou na internet móvel, nos últimos anos, as mudanças serão ainda maiores com a chegada do 5G, a quinta geração de internet móvel. Se você quer entender melhor o que é o 5G e que mudanças ele irá trazer para nossas vidas, continue a leitura.
As cinco gerações de redes móveis
Para entender como chegamos ao 5G e que mudanças ele traz em relação às gerações anteriores, vamos fazer uma breve explicação sobre como as redes de celular, de modo geral, funcionam.
As operadoras de telefonia trabalham com ondas de rádio: quando você manda uma mensagem, por exemplo, os dados saem do seu celular, são transformados em ondas de rádio e captados pelas antenas da sua operadora — e vice-versa.
Em resumo, a diferença de uma geração para outra — 3G, 4G, 5G… — é que as ondas de rádio funcionam em frequências maiores e têm muito mais capacidade. Isso se traduz em mais serviços e mais qualidade na conexão, para o consumidor.
Retrospectiva
Com as redes de primeira geração, por exemplo, os usuários podiam apenas fazer ligações de voz. Com a segunda, foi possível mandar também mensagens de texto e ter um acesso à internet bem simples — foi nessa época que os celulares se popularizaram no Brasil.
Foi com o 3G, no final dos anos 2000, que a internet móvel se tornou realidade e as pessoas puderam acessar todo tipo de informação — pesquisas, redes sociais, jogos… — no celular.
Atualmente, a maioria das pessoas nas grandes cidades brasileiras usa o sinal 4G, mais rápido e mais estável que o anterior, permitindo que as pessoas usem a internet móvel para todo tipo de atividade.
Seguindo esse histórico, o 5G é a próxima evolução das redes de celular. Essa conexão vai usar redes de rádio com frequências muito maiores que as atuais.
Mesmo que a gente não entenda os detalhes de como a tecnologia funciona, os números deixam a diferença clara: o 4G trabalha em uma faixa de 2.5 GHz, enquanto a próxima geração vai chegar a 95 GHz.
Como é a internet 5G?
A cada geração, a internet móvel foi ficando mais rápida e mais estável. Com o 5G, essa mudança será ainda mais radical: as velocidades serão de 20 a 100 vezes maiores. Já a estabilidade permitirá que muito mais gente se conecte, sem falhas no sinal.
Além disso, como o 5G atua em frequências mais altas, as operadoras vão ter que instalar mais antenas para ter a mesma cobertura. Isso quer dizer que as antenas vão ficar mais próximas dos usuários e os celulares tendem a gastar menos bateria, para usar a internet.
Porém, a revolução 5G vai muito além de uma internet mais rápida e mais estável para os nossos smartphones. Na verdade, isso é o de menos… Faça a seguinte reflexão: antes, precisávamos entrar na internet.
Agora, com os sinais 3G e 4G, estamos o tempo todo conectados, afinal a internet está na nossa mão, nos celulares. Com o 5G, por sua vez, a internet vai poder ir além e estar nas coisas.
O mundo inteiro conectado
Por coisas, a gente quer dizer todas coisas mesmo: sua geladeira, microondas e todos os outros equipamentos da sua casa, os sinais de trânsito, as luzes da cidade… tudo estará conectado à internet e poderá ser controlado por ela, graças ao 5G. Essa ideia é conhecida como "internet das coisas" ou "internet of things" (IoT), em inglês.
Embora já existam alguns produtos seguindo esse conceito, é o 5G que vai permitir que eles realmente se popularizem. Isso porque a internet 5G permite que um número muito maior de aparelhos se conecte à rede, mas também porque o tempo de resposta é muito menor, algo que é essencial para a "internet das coisas" funcionar bem, no dia a dia.
Pense em um carro autônomo (sem motorista), que se depara com um pedestre. Ele precisa detectar esse obstáculo e responder em uma fração de segundo — algo muito mais rápido do que a gente pode perceber —, para evitar o acidente. O 5G torna esse tipo de coisa possível.
Então, se você está se perguntando qual a diferença do 4G para o 5G, essa é a maior delas: muito mais aparelhos poderão estar conectados, além do seu smartphone. No celular, a internet ficará muito mais rápida e estável.
Quando o 5G chega no Brasil?
O 5G foi disponibilizado pela primeira vez na Coreia do Sul, em 2019, impressionando todo mundo. Os primeiros celulares com 5G — de marcas como Samsung, Motorola e Xiaomi — começaram a surgir na virada de 2019 para 2020. O iPhone com 5G surgiu no final de 2020.
Ou seja, a conexão 5G ainda está dando seus primeiros passos no mundo todo, uma vez que as empresas precisam construir a nova infraestrutura (antenas e etc) e isso depende de acordos com os governos de cada país, além de investimentos bilionários.
A chegada do 5G no Brasil depende da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) fazer o leilão das frequências de rádio — para que as operadoras tenham permissão de trabalhar com essas frequências, em nosso país.
Esse leilão estava previsto para acontecer em 2020, mas foi adiado para o próximo ano, por conta da pandemia de covid-19.
Depois dele é que as operadoras vão começar a trabalhar na infraestrutura. Isso significa que o 5G deve começar a chegar aos consumidores por volta de 2022 — mas isso é apenas uma estimativa; caso o leilão aconteça antes, essa data pode mudar.
Operadoras já trabalham em prévia do 5G no Brasil
Você talvez tenha lido, aqui no Portal de Planos, que a Claro começou a oferecer o 5G DSS em julho. Logo depois, a TIM anunciou que ofereceria essa tecnologia, seguida por Vivo e Oi. Isso gerou duas dúvidas nos leitores: como as operadoras estão trabalhando no 5G antes do leilão da Anatel e o que é o 5G DSS.
O 5G DSS é uma tecnologia que usa as mesmas frequências — as ondas de rádio, como explicamos anteriormente — já utilizadas pelo 4G para oferecer o novo sinal. Ou seja, as operadoras não precisam esperar a Anatel permitir o uso de novas frequências.
O 5G DSS é até 10 vezes mais rápido que o 4G, mas ainda não oferece todo o potencial do 5G "de verdade". Além disso, como usa as mesmas frequências, o 5G DSS não tem capacidade para tantos usuários e aparelhos.
Por isso, os especialistas o chamam de "prévia do 5G": é um "gostinho" da velocidade e estabilidade que teremos, quando a nova geração de internet realmente chegar no Brasil.
Por enquanto, há apenas um aparelho a venda no país, compatível com o sinal 5G e com o 5G DSS: o Motorola Edge, lançado em julho de 2020, junto com o anúncio da tecnologia pela Claro. O aparelho tem uma versão Edge Plus, mais cara, que só aceita o 5G "de verdade".
Mas enquanto a tecnologia 5G não chega ao Brasil, que tal dar uma olhada nos melhores planos de celular disponíveis no momento?
Graduada em Relações Internacionais (Uni-BH) e Jornalismo (PUC-MG), Gabriela Resende é jornalista do Portal de Planos e especialista em telecomunicações. Com experiência que vai desde a criação de vídeos para o YouTube até a redação de textos para lançamento de sites completos, Gabriela é apaixonada por tornar a informação acessível. Ela se dedica a produzir conteúdo claro e simples, permitindo que você faça ótimas escolhas sobre seus planos de telecomunicações e compreenda melhor a tecnologia.